Tentei representar com este mapa conceitual a concepção de Anthony Giddens sobre identidade. Procurei relacionar os conceitos da maneira mais simples possível, de forma que as ligações refletissem as relações hierárquicas entre cada ideia. O texto que serviu de base para este post foi o de Alan Mocellim "a questão da identidade em Giddens e Bauman", publicado em 2008 na revista eletrônica Em Tese. Mais tarde pretendo publicar um mapa com a representação de identidade segundo Zigmunt Bauman.
Neste mapa, há dois conceitos principais: o de modernidade tardia e o de identidade. Giddens chama modernidade tardia o período que sucede a modernidade, caracterizado pela crescimento da dissociação entre o tempo e o espaço (já verificada na modernidade), devido às novas tecnologias de comunicação e transporte. Um efeito dessa separação é a globalização que se desenvolve no campo da economia e da cultura, possibilitando um contato maior entre diferentes partes do mundo, e em grande velocidade. Antes desse período as identidades eram definidas a partir das características estereotípicas de determinados grupos sociais, normalmente ligados a um determinado local ou atividade comum. Na modernidade tardia a questão da identidade ganha um novo olhar, sendo muito mais complexa e multifacetada. Com a globalização as divisões tradicionais perdem o sentido e o indivíduo passa a se definir por seu caráter híbrido, mutável, imprevisível, algo que se radicaliza em uma sociedade menos controladora e racionalista. Giddens aponta uma radicalização da reflexividade, que é a constante análise e reformulação de práticas sociais a partir de novos conhecimentos, visões de mundo, informações, etc. Conforme a representação no mapa, a reflexividade atua sobre a noção de autoidentidade, sobre o estilo de vida e sobre o corpo. De maneira correlata, a reavaliação de cada um desses aspectos (que constituem práticas sociais), na modernidade tardia, é o que compõe essa identidade tão aparentemente indefinida, mas que na verdade é extremamente coerente em uma sociedade mais propícia ao hibridismo social , econômico, cultural, etc.
Oi Renan!
ResponderExcluirParabéns pelos teus apontamentos! Assim como o mapa, tuas ideias estão super claras e objetivas. Se postares o mapa conceitual sobre o texto do Bauman será muito legal!
Abraços, Anelise.
Oi Renan,
ResponderExcluirtambém passei por aqui e concordo com a Anelise. Parabéns pelos teus registros. Voltarei para ver as reflexões e narrativas sugeridas nas demais atividades.
Um carinhoso abraço,
Profa. Nádie
Olá. Adorei
ResponderExcluirBem explicativa
Profa. Patrícia